No Dia Mundial do Coração, arapiraquense com marcapasso diz que ganhou uma nova chance para viver

29/09/2015

Ele é do tamanho de um punho fechado, pesa aproximadamente 340 gramas, bate em média 72 vezes por minuto e é conhecido como o motor principal do corpo humano. Ele é o coração, órgão que fez e continua fazendo a diferença na vida do arapiraquense Pedro Vital Lino, de 56 anos.

Nesta terça-feira, dia 29 de setembro, comemorou-se o Dia Mundial do Coração. Nossa equipe de reportagem esteve na casa de Seu Pedro, portador de um marcapasso, que diz ter recebido uma nova chance para viver.

Seu drama começou em maio deste ano, quando voltou de uma caminhada e ao chegar em casa sentiu uma forte dor no meio das costas, seguida de dormência no corpo. Durante a noite a dor se acentuou e Seu Pedro resolveu procurar atendimento médico. Após ser medicado e passar algumas horas em observação, ele recebeu alta médica e voltou para casa, mas sem um diagnóstico preciso sobre o que teria motivado a dor.

Foi quando ele resolveu fazer uma bateria de exames específicos, que detectou uma arritmia crônica. No Hospital do Coração do Agreste, Seu Pedro foi avaliado pelo cirurgião cardiovascular Sergio Francisco, que imediatamente fez a indicação de cirurgia.

Como não tinha plano de saúde, todo o procedimento foi feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). As pouco mais de duas horas na sala de cirurgia foram um divisor de águas, entre a morte praticamente anunciada e uma nova vida para Seu Pedro. Durante o procedimento foi introduzido um marcapasso, equipamento essencial para compassar as batidas do coração e, consequentemente, todas as emoções que ele viverá em sua nova vida.

“Hoje sou um novo homem. Durante cinquenta anos de minha vida nunca senti nada e por isso não ia ao médico, pois achava que era extremamente saudável. Se eu tivesse um acompanhamento desde jovem certamente não teria passado por esse grande susto em minha vida”, disse.

Seu Pedro disse ainda que tinha uma vida desregrada. Fumou durante dezoito anos, bebia e adorava carne gordurosa. Hoje, com um novo coração, ele modificou seus hábitos e diz se sentir bem melhor que antes. Hoje um dos seus passatempos prediletos é cuidar de uma pequena horta hidropônica que ele cultiva no quintal de sua residência.

Praticamente recuperado, durante quatro dias da semana Seu Pedro frequenta sessões de reabilitação física no Hospital Chama, onde é monitorado durante todo o tempo. Ele manda um recado aos jovens. “A nossa saúde tem que ser preservada desde cedo, pois geralmente as consequências de quem não cuida dela começam a partir dos 50 anos”, alertou Seu Pedro.